Em paralelo às crescentes disputas comerciais, o saldo comercial do Brasil com a China vem despencando progressivamente. Até agosto, o resultado positivo, de US$ 800 milhões, já equivale à metade do superávit do ano passado para o período, de US$ 1,6 bilhão. As importações crescem numa velocidade oito vezes maior que a das exportações para a China. Já há projeções apontando para um superávit em torno de US$ 500 milhões neste ano o volume é 70% inferior ao de 2004.
A projeção foi feita pela AEB – Associação de Comércio Exterior do Brasil. A entidade chegou a estimar déficit com o parceiro asiático para este ano, mas a elevação dos preços de minério e as boas cotações da soja indicam que ainda deverá haver superávit em 2005. O ritmo atual das importações mostra, contudo, que a reversão para um resultado negativo se dará em 2006, segundo o vice-presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro.