O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, fez duras críticas à proposta da Fazenda de abertura unilateral da economia através de cortes das tarifas de importação. Furlan disse que o plano defendido pela equipe do ministro Antonio Palocci “desconsidera a criação de empregos e a viabilidade econômica de setores que não são tão competitivos por conta do custo Brasil”.
Para Furlan, “não faz sentido” fazer concessões em meio às negociações da OMC – Organização Mundial de Comércio. Garantiu que o país não promoverá uma abertura da economia sem contrapartida das demais nações, porque a decisão teria que ser aprovada pelos ministros da Camex – Câmara de Comércio Exterior.
“Esse é o momento de guardar no bolso as concessões que estudamos. No momento em que as ofertas do outro lado estiverem na mesa, nós estaremos em condição de dar uma contrapartida”, disse o ministro, que participou ontem, em São Paulo, de seminário sobre a lei de inovação, promovido pelo Instituto Brasileiro de Convergência Digital.