O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu ontem uma suspensão seletiva da licença automática para importação de produtos mais sensíveis à indústria nacional. Itens que são produzidos localmente, mas sujeitos à concorrência predatória de importados – principalmente chineses -, dependeriam de aprovação prévia das licenças para entrar no País. Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior baixou uma circular suspendendo a licença automática para um grande número de itens da pauta de importações brasileira, mas teve de recuar diante da reação ruidosa de setores da indústria.
“A intenção pode ter sido boa, mas da maneira como a circular foi feita acabou causando uma grande confusão, porque incluiu tudo que é posição fiscal de matérias-primas, insumos, componentes e equipamentos que o Brasil precisa importar e não necessitam de burocracia nenhuma”, disse Skaf em entrevista ao Estado. “Se a intenção foi boa, porém mal colocada, é culpa do ministério, que não discutiu a medida com o setor produtivo.”