O governo brasileiro emitiu sinais de que o país não está disposto a se comprometer com a aliança contra o imperialismo americano anunciada pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia e denominada de eixo do bem. Em reunião com 60 embaixadores brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço da política externa, disse que o ano eleitoral não deve atrapalhar as investidas do Brasil no exterior e enfatizou as boas relações com os Estados Unidos, classificadas por ele como excelentes.
A idéia que foi passada é que a América do Sul continua sendo uma prioridade do governo que quer manter a política de forte aproximação com todos os países da região, inclusive os mais problemáticos, na visão dos EUA, que são a Venezuela e a Bolívia. Isso, no entanto, não deve servir para contaminar as relações com os americanos. A posição brasileira é de ajudar no que for preciso, para que haja diálogo entre as nações divergentes, com o cuidado de não demonstrar qualquer tipo de interferência direta.