A deterioração do comércio exterior brasileiro fez surgir, no primeiro mês de 2009, um resultado que o país não assistia desde março de 2001: as importações superaram as exportações e provocaram um déficit na balança comercial de US$ 518 milhões. O aumento das vendas de commodities como milho, açúcar e soja, em comparação com janeiro de 2008, leva o governo a crer que o comércio exterior brasileiro continuará muito dependente dos produtos básicos neste ano. É forte a queda na exportação dos produtos manufaturados, como automóveis e têxteis.
“A crise não é brasileira, é mundial”, argumentou o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. Ele prevê resultados negativos também em fevereiro e março, quando começa a safra agrícola. “Vai ser um ano ruim para todo mundo”, diz ele, que diz ser impossível ao governo fazer, agora, no “vórtice da crise”, a tradicional previsão sobre o comportamento das exportações em 2009.