A indústria marítima prepara-se para conflitos jurídicos sobre quem é responsável pelo risco crescente pela navegação no Mar Vermelho. O movimento é percebido num momento de temores pela segurança em razão dos ataques realizados pelos rebeldes Houthi.
Os principais armadores internacionais vêm adotando o longo caminho em torno do Cabo da Boa Esperança para escapar ao cerco, acrescentando cerca de 14 a 20 dias ao tempo de viagem. O consequente aumento dos fretes e os atrasos na cadeia de abastecimento vêm suscitando preocupações mundiais sobre o impacto na inflação e no preço dos produtos.
Segundo o jornal londrino “City AM”, advogados consultados informaram lidar com um número crescente de consultas de clientes de transporte marítimo que procuram esclarecimentos sobre as suas posições jurídicas ao abrigo dos atuais acordos de fretamento.
Os armadores e os grupos que alugam navios, que incluem comerciantes de mercadorias e grandes empresas petrolíferas, acordam contratos de fretamento para determinar quem é responsável pelos riscos associados a uma viagem.
Ações judiciais ou arbitragem marítima ainda não se tornaram públicas, mas os advogados consultados sinalizam que é uma tendência.
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