As exportações brasileiras não conseguiram ganhar espaço nos setores mais dinâmicos do comércio mundial na última década e a participação do país ficou estagnada em 1,4%. Estudo do economista Fernando Puga, do BNDES, revela que o país avançou em dez de 23 setores do comércio internacional entre 1993 e 2003, mas só dois foram considerados de forte dinamismo. O estudo foi feito com base nos dados da UNComtrade.
O Brasil ficou para trás em segmentos cujas trocas mundiais cresceram velozmente, como químico, borrachas e plásticos, máquinas de escritório e informática, instrumentos médicos e ópticos. As vendas de máquinas para escritório e informática, por exemplo, aumentaram 9% no período, enquanto as exportações brasileiras cresceram 0,9%.
Entre os setores de forte dinamismo no comércio mundial, o Brasil só obteve bom desempenho em material eletrônico e de comunicações (alta de 14,1% nas exportações do país ante 10,3% do comércio mundial) e petróleo e álcool (alta de 9,7% contra 8,7%).