A greve dos Auditores e Auditoras-Fiscais segue em ritmo cada vez mais intenso. Depois da paralisação nos despachos aduaneiros ocorrida semana passada em 16 estados e no Distrito Federal, a categoria realizou, nesta terça-feira (30), operação-padrão nas bagagens, com apoio de equipes de repressão e cães de faro, nos principais aeroportos do país.
Até o momento, doze aeroportos participam da ação, veja a listagem em anexo.
Além dos aeroportos, a categoria aderiu ao movimento desta terça-feira em outras unidades de atendimento da Receita Federal. No Posto Esdras (MS), que faz fronteira com a Bolívia, os Auditores fizeram operação-padrão, com parada de todos os veículos que entram ou saem do país e formação de filas ao longo do dia. A unidade responde por 85% das exportações do Centro-Oeste, com fluxo de três mil veículos, entre os de carga e os de passeio, e circulação de cinco a seis mil pessoas em dias de pico.
No município de Mundo Novo, também em Mato Grosso do Sul, não saiu nenhum caminhão do despacho. A ordem é que a liberação dos veículos ocorra somente na quinta-feira (1º). Serão realizados apenas trabalhos administrativos internos, com apreciação de documentos conforme disponibilidade.
Em Uruguaiana (RS), a operação-padrão ocorreu no Terminal Aduaneiro BR290, focada no controle dos veículos de turismo e fluxo local, que aumenta na temporada de verão.
No Porto de Santos, os Auditores não farão desembaraço de cargas entre quarta-feira (31) e sábado (3). Segundo comunicado à sociedade divulgado nesta terça (veja aqui), nenhum atendimento será realizado ao público na Alfândega do local. Assim como na semana passada, não haverá desembaraço de cargas, tanto na importação como na exportação, incluindo o despacho decisório.
O reflexo da greve da categoria nas atividades portuárias já foi sentido pelo Sindicato dos Operadores Portuário do município de Itaguaí (Sindopita). Em ofício, (veja aqui) endereçado, na segunda-feira (29), ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e ao superintendente da 7ª RF, Auditor-Fiscal Claudiney Cubeiro dos Santos, o presidente da entidade, Marcos Cunha, cita o acirramento do movimento grevista no porto da cidade e demais recintos aduaneiros do Brasil e ressalta o motivo da greve, pela não implementação de acordo assinado há anos com a categoria, solicitando a resolução da pendência, que “está impactando severamente a eficiência do órgão em todo o país”.
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