A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) elencou três medidas consideradas prioritárias para alavancar o transporte aéreo de cargas e elevar os rendimentos. Segundo a entidade, é necessária uma transição para processos sem papel no transporte de mercadorias, foco em padrões globais para manuseio de carga farmacêutica e medidas duras para garantir a continuidade da segurança no transporte de baterias de lítio por aviões.
Segundo o diretor-geral e CEO da Iata a movimentação de cargas, por via aérea, cresceu significativamente em 2014, com um incremento de 4,5% se comparado com 2013. No entanto, os rendimentos caíram pelo quarto ano consecutivo, o que leva a uma necessidade de, segundo ele, alavancar esses resultados “o que depende da melhoria do valor da carga”.
Conforme a Iata, reduzir o uso de papel e utilizar sistemas informatizados nos procedimentos burocráticos de transporte aéreo de cargas reduz custos, tempo, atrasos na movimentação de carga e agiliza a detecção e solução de erros. Dados da entidade apontam que 24% das empresas que prestam esse tipo de serviço no mundo já aderiram ao e-AWB, modelo para execução de contratos eletrônicos entre embarcador e transportador, possível por meio do intercâmbio de dados pela internet, elaborado pela Iata. A meta, neste ano, é elevar a adesão para 45%.
Além disso, a ideia é planejar a digitalização de outros documentos de carga aérea.
Quanto à definição de normas de manuseio globais para produtos farmacêuticos, a Associação alerta para a oportunidade de aproveitar um mercado que movimenta US$ 60 bilhões por ano.