O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que impõe um adicional de 40% às importações de origem brasileira — chegando a 50% na maior parte dos casos em que já se aplicava o 10% anterior —, com exceções listadas no Anexo I.
Quando a tarifa passa a valer e quais são as regras de transição?
A tarifa majorada passa a valer a partir de 6 de agosto de 2025. Para evitar penalidades desnecessárias, exportadores devem observar as seguintes regras:
• Mercadorias carregadas antes de 6 de agosto de 2025 e admitidas para consumo nos EUA até 5 de outubro de 2025 permanecem sujeitas à alíquota anterior de 10%, conforme a regra de goods in transit.
• Cargas carregadas a partir de 6 de agosto não se enquadram na exceção e pagarão 50%.
• O Anexo I da ordem executiva apresenta a lista detalhada de exceções por código tarifário, que precisa ser conferida antes de cada envio.
Essas regras permitem um curto período de planejamento logístico para minimizar impactos imediatos.
Quem é afetado e quem escapa do tarifaço
• Nem todo produto brasileiro será tarifado em 50%. Conforme publicado pela Reuters (https://encr.pw/IZbGA)
o 35,9% do valor exportado para os EUA sofrerá a alíquota de 50%.
o 44,6% permanecerá com 10%, devido às exclusões do Anexo I.
o 19,5% está sujeito a tarifas globais dos EUA entre 25% e 50%, conforme outros regimes comerciais.
Produtos isentos do aumento incluem:
o Aeronaves e partes (Embraer)
o Pig iron (ferro-gusa)
o Metais preciosos
o Polpa de madeira (pulp)
o Fertilizantes
o Produtos energéticos, incluindo petróleo
o Suco de laranja
Já produtos como café, carne bovina e frutas frescas estão entre os mais expostos ao tarifaço.
Setores brasileiros mais expostos
• Agroindustrial: Café, carne bovina, frutas e derivados lácteos não incluídos no anexo de isenções.
• Siderurgia e metalurgia: Alguns produtos semiacabados seguem expostos, embora o ferro-gusa esteja isento.
• Aeroespacial: Aeronaves e partes escapam do tarifaço, preservando contratos estratégicos.
• Celulose e papel: A polpa de madeira é isenta, beneficiando grandes exportadoras brasileiras.
Conclusão
O tarifaço de 50% imposto pelos EUA não significa o fim imediato das exportações brasileiras para aquele mercado, mas exige planejamento preciso, atenção às regras de transição e avaliação setorial detalhada. Exportadores que ajustarem rapidamente suas estratégias logísticas, contratuais e de compliance poderão mitigar parte dos impactos e proteger sua competitividade.
(Para mais informações, consulte: Fonte 1 |: https://l1nq.com/0Vqth Fonte 2 : https://l1nq.com/1UShV | Fonte 3 : https://l1nq.com/MR5X6 | Fonte 4 : https://encr.pw/FYTme | Fonte 5 : https://l1nq.com/RvHpO | Fonte 6 : https://l1nq.com/zjWB9 )
Veja anexo