Ao participar da primeira reunião do ano da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, se comprometeu a olhar com atenção para duas questões caras à indústria de transformação paulista: carga tributária e competitividade.
Neste contexto, uma reforma tributária que simplifique o sistema atual, segundo ele, é central. Por isso, deve ganhar protagonismo e ser endereçada logo no primeiro ano do governo. “Ela está madura”, afirmou Alckmin, que defende a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), à semelhança do que existe em vários países, com a extinção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “A reforma pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer e trazer eficiência.”
Alckmin defendeu também um programa voltado para a produtividade e a competitividade, pautado na educação básica de qualidade e na aproximação da academia do setor produtivo, na desburocratização e na expansão de acordos internacionais. Uma viagem do presidente Lula à Argentina, um dos principais mercados importadores do Brasil, está prevista para ocorrer na próxima semana, e a Comissão Bipartite Brasil – Argentina de Produção e Comércio estaria em vias de ser reinstalada, segundo o ministro.
“Três produtos primários, soja, minério de ferro e petróleo, respondem por 75% da exportação brasileira”, lembrou Alckmin. “É muito importante que o Brasil seja um grande competidor de bens agrícolas, mas temos que exportar produtos de valor agregado”, alertou.
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