Dois terços dos exportadores brasileiros estão com a performance em risco devido à valorização do câmbio. Dos 31 setores analisados em estudo da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, 72% tiveram seu desempenho prejudicado ou já acenderam a luz amarela por conta do alta do real. O bom resultado da balança comercial estaria concentrado em alguns setores, que contribuem pouco para a geração de emprego e para o crescimento da economia.
Na média, os preços dos produtos vendidos pelo Brasil subiram tanto que compensaram o aumento de custos provocado pelo fortalecimento do real. No segundo trimestre, as empresas brasileiras venderam seus produtos por um valor em reais 3,6% superior à média obtida entre 2000 e o primeiro semestre de 2006. Em relação aos preços médios obtidos desde 1980 até a primeira metade desse ano, o aumento chega a 6,5%.