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Para Delfim Netto, o real apreciado é fruto de especulação

A valorização do real resulta não só do superávit comercial e em transações correntes, mas principalmente de uma especulação de juros feita na BM&F com contratos a termos de câmbio. A avaliação é do economista e ex-ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, ontem, em São Paulo, em palestra a executivos da área de seguros.
“Quando você compra reais, há valorização. Por isso foi possível o Tesouro brasileiro vender no mês passado R$ 3,4 bilhões, em Nova York, em troca de US$ 1,5 bilhão. Graças ao diferencial de juros interno e externo, transformamos o real na comodity mais rentável do mundo em 2005. Isso explica boa parte da valorização e é por isso que essa valorização não termina antes desse diferencial diminuir.”
Entretanto, o economista ainda considera uma incógnita a trajetória da Selic e, mesmo havendo consenso em relação às prováveis altas da taxa de juros norte-americana, ainda é incerto o fim dos estímulos às especulações e conseqüentemente do período de apreciação do real.

Fonte: Gazeta Mercantil