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Para analistas, empresas devem esperar um ano com mais agressividade no mercado exterior

Após três anos, a China declarou o fim da política de Covid Zero e as fronteiras firmemente fechadas estão gradualmente se abrindo para o mundo. Segundo Rafael Dantas, diretor de Vendas da Asia Shipping, as empresas vão aproveitar esse momento para desembarcar nos países asiáticos e fazer negociações presenciais. Coisa na qual, para o diretor, os chineses são mestres.

Para 2023, o diretor da Asia Shipping vê como oportunidades de comércio o debate sobre nearshore, estratégia de contratar serviço remoto que esteja próximo geograficamente da sua empresa. “A pandemia chacoalhou o mercado de comércio exterior e fez vários players repensarem a logística internacional. A dependência exclusiva da China como o principal fornecedor provocou questionamentos e reacendeu a pauta de nearshore como forma de evitar a quebra da cadeia logística e garantir preços mais competitivos”, afirmou.

Dantas acredita que essa será uma grande oportunidade para o México e o Sudeste Asiático. “O Brasil também pode vir a ser um candidato a hub regional, mas precisamos antes de algumas mudanças em termos de infraestrutura, tributação e redução da burocracia”, lamentou.

Para Dantas, as empresas devem esperar um ano com mais agressividade no mercado exterior, já que a China é uma máquina de vendas. “Embora seja um país gigantesco, a China tem velocidade na tomada de decisões como uma startup. Ela se utilizará disso para mostrar mais inovações e deixar o ritmo de vendas similar ao período pré-pandêmico”, comentou.

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Fonte: Revista Portos e Navios