A intensificação da operação-padrão realizada por servidores da Receita Federal, com desembaraço zero, segue provocando impactos significativos nas aduanas brasileiras.
Em Foz do Iguaçu (PR), cerca de 1.140 caminhões estão parados, aguardando liberação. No Rio Grande do Sul, a situação também é crítica. Em São Borja, a fiscalização foi reforçada na segunda-feira (28), no Centro Integrado de Fronteira. Cerca de 40 veículos argentinos foram inspecionados ao longo do dia, gerando filas e tempo de espera superior a seis horas.
Já em Porto Xavier, o tempo médio de liberação das exportações saltou de duas para 24 horas. Em alguns casos, caminhões que esperavam para atravessar a fronteira com destino a San Javier (Argentina) perderam a única balsa do dia.
Na terça-feira (30), no Porto Seco Rodoviário de Uruguaiana, uma operação de fiscalização documental e verificação física das cargas provocou filas de até 4 km. Segundo relatos, 200 senhas de acesso ficaram represadas e o tempo médio de espera chegou a três horas. O terminal opera próximo da capacidade máxima, e novas ações estão previstas para os próximos dias, com possível reforço de unidades de outras regiões.
A mobilização de auditores e analistas ocorre em meio a reivindicações por reestruturação da carreira e regulamentação do pagamento da gratificação por produtividade.
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