Para a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (EU) tem potencial de dobrar a fatia das exportações brasileiras cobertas por condições mais favoráveis. “Estudos apontam que esse acordo também ajudará a nos tornar um país mais competitivo no cenário internacional, inclusive para exportações para outros destinos”, acrescentou.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira (15) durante webinar sobre o acordo Mercosul/UE promovido pelo Peterson Institute for International Economics (PIIE), com participação de Cecilia Malmström, ex-comissária de comércio da União Europeia e sênior fellow do PIIE, e Rupert Schlegelmilch, que liderou as negociações pelo lado europeu.
A última fase das negociações, entre 2023 e 2024, também levou a ajustes no pré-acordo de 2019 no sentido de garantir mais espaço de políticas públicas no Brasil na área de compras governamentais, inclusive para favorecer tecnologia industrial, inovação, agricultura familiar, micro e pequenas empresas e o setor de saúde. Além disso, foram negociadas condições especiais para o setor automotivo e flexibilidade para políticas públicas sobre minerais críticos.
O acordo entre Mercosul e União Europeia, anunciado em 6 de dezembro de 2024, ainda carece de assinatura e ratificação por parte de ambos os ladospara entrar em vigor.
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