As fábricas brasileiras de semicondutores estão se estruturando para entrar nas cadeias globais de tecnologia de ponta, com a expectativa de exportar chips Made in Brazil a alguns dos principiais mercados mundiais, entre eles Estados Unidos e Europa.
Nesta quarta-feira (11/9), durante evento com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no Palácio do Planalto, a Abisemi (associação que reúne as indústrias de semicondutores) anunciou investimentos de R$ 24,8 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, aumento da capacidade produtiva e expansão de fábricas.
“Um dos objetivos centrais da Nova Indústria Brasil (NIB) é aumentar a competitividade das nossas empresas e alavancar as exportações brasileiras de alto valor agregado, e, aqui, nós estamos falando de um setor alta tecnologia, com capacidade não só de produzir e exportar, mas também de atrair parcerias e investimentos externos”, destacou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.
Durante a cerimônia, o Presidente da República sancionou a Lei que cria o programa Brasil Semicon e atualiza o Padis (Programa de Apoio aos Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores), ações que a Abisemi considera determinantes paras as decisões de investimentos. A Lei prevê incentivos de R$ 7 bi ao ano, incluindo, além de chips, estímulo à produção painéis solares e eletroeletrônicos.
“A NIB não só vai atuar no desenvolvimento das indústrias locais, como também permite a atração de novos investimentos, o investimento internacional, novas parcerias entre empresas locais e empresas internacionais. Agora, com a estabilidade desse setor, será estimulado um plano de longo prazo e com as metas estabelecidas pelo governo”, diz Rogério Nunes, presidente da Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores). De acordo com ele, o setor de semicondutores é o segundo maior investidor em pesquisa e desenvolvimento e em capacidade produtiva, perdendo apenas para óleo e gás. “Não será diferente no Brasil”, afirma.