O Itamaraty rejeitou proposta do Ministério da Fazenda para que o Brasil seja menos defensivo nas negociações para a abertura do setor de serviços na OMC – Organização Mundial do Comércio. Fontes em Brasília revelaram que o Ministério da Fazenda preparou um levantamento para mostrar que haveria interesse econômico em ser mais ofensivo na abertura do setor de serviços. Mas a chancelaria, levando em conta os interesses em áreas como agricultura, preferiu manter a posição brasileira mais tímida.
Para o Ministério da Fazenda, usar o setor de serviços como moeda de troca nem sempre pode trazer ganhos ao País. Hoje, o setor representa mais de 12% do comércio exterior brasileiro, movimentando mais de US$ 12 bilhões por ano. Em termos do PIB nacional, dois terços estão no setor de serviços. Pelos cálculos da Fazenda, existe um déficit de cerca de US$ 5 bilhões na balança comercial de serviços que poderia ser revertido se o País conseguisse a abertura de alguns mercados para setores em que é competitivo, como o de profissionais de engenharia e arquitetura.