Com o pacote anunciado no começo do mês, logo depois da extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo agravou as dificuldades do exportador, já prejudicado pela valorização cambial, pelo excesso de impostos, pelos custos crescentes da energia e pelas deficiências do setor de transportes. Quem vende ao exterior passa a pagar 0,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre as transações cambiais.
Mas a importação continua isenta desse tributo. Assim, o produtor nacional perde poder de competição não só no exterior, mas também no mercado interno. A capacidade de errar das autoridades financeiras, especialmente na área do Ministério da Fazenda, continua a surpreender até os mais descrentes da eficiência do governo.