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Frete marítimo sobe até 400% em seis meses e afeta portos brasileiros

O frete marítimo apresentou alta de até 400% em seis meses e a onda inflacionária global também afeta o Brasil. Um dos fatores são os ataques dos houthis a navios mercantes no Mar Vermelho, que dá acesso ao Canal de Suez, no Egito, uma das principais rotas do comércio internacional, por onde passa cerca de 15% do transporte de cargas do mundo. Ao evitar a trajeto, os navios precisam contornar a África, aumentando a viagem em até 30 dias, o que acaba elevando os custos do frete e do seguro marítimo.

Apoiados pelo Irã, os houthis formam um grupo rebelde do Iêmen com forte oposição a Israel. Os ataques começaram após o início da ofensiva do grupo extremista Hamas contra Israel em outubro do ano passado. Mas, a maioria dos cargueiros atacados na região não tem relação com a nação israelense.

Segundo o especialista em comércio exterior e diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, Jackson Campos, o aumento do frete marítimo foi de “400%, saindo de US$ 2 mil em janeiro para US$ 10 mil em julho”.

O especialista afirmou ainda que “faltam contêineres disponíveis no mercado, além de excesso de carga esperando para embarcar nas origens por causa da alta demanda”.

Quanto à melhora do cenário, o especialista não acredita em “previsão de baixa” tão cedo. “Os armadores não estão fazendo negociações de médio ou longo prazos, tudo está sendo negociado no curto prazo (spot). Não há teto para aumento e nem previsão de queda dos preços”, disse Campos.

“Com esta situação no Mar Vermelho sendo uma das razões da alta dos fretes e do dólar, o empresário encontra mais dificuldades de se planejar para importar produtos para atender às demandas do mercado e essa variação de preço acaba sendo repassada ao consumidor final”, avaliou Jackson Campos.

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Fonte: A Tribuna