Limitar os instrumentos de apoio à exportação significa privar as empresas brasileiras de 98% do mercado mundial. O país responde por somente 2% do comércio global, e, para manter-se competitiva, a indústria nacional precisa disputar espaço lá fora. Foi sob esses pressupostos que José Luis Gordon assumiu, em fevereiro do ano passado, a Diretoria de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES.
O executivo tem a missão de retomar os financiamentos à exportação de serviços brasileiros, parados desde 2016. Para isso, o Banco recriou recentemente uma área exclusivamente dedicada ao tema e tem apoiado o Projeto de Lei 5719/2023, que tramita no Congresso. O objetivo é consolidar o alinhamento das práticas brasileiras às internacionalmente adotadas e dar segurança jurídica e política ao corpo técnico da instituição.
A proposta foi construída em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), que, em decisão do início de março, reconheceu não haver irregularidade nesses financiamentos. O PL foi um dos temas abordados pelo diretor em conversa com a Agência BNDES de Notícias, na qual ele também rebate a afirmação de que as operações implicariam em envio de recursos para outros países.
Gordon defendeu ainda o caráter estratégico da atividade. “Empresas exportadoras são mais inovadoras, mais competitivas e pagam melhores salários”, diz, ressaltando que, além da engenharia, serviços digitais e audiovisual são áreas em que o Brasil também pode ser competitivo internacionalmente. Leia, abaixo, a entrevista completa.
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