A restrição de recursos nas contas do governo federal está prejudicando programas oficiais de apoio à exportação, travando garantias e colocando em risco financiamentos, segundo informações do Ministério da Economia e dados reunidos por representantes da indústria.
As dificuldades envolvem o FGE (Fundo de Garantia à Exportação), que oferece uma espécie de seguro a empresas que vendem para destinos fora do país, e o Proex Equalização, programa no qual o governo arca com custos envolvidos nos financiamentos para reduzir os juros pagos pelos exportadores.
Os principais setores contemplados por esses mecanismos são os que envolvem produtos de maior valor agregado e dependem mais de financiamentos de médio e longo prazo, de maior risco, como máquinas e equipamentos, aeronáutico, automotivo, ferroviário e defesa. Os exportadores de commodities, principalmente agrícolas, são atendidos por outros programas próprios de financiamento.
O Ministério da Economia reconhece limitações e problemas nos programas e diz que tem buscado alternativas para que sejam feitas recomposições orçamentárias.
No caso do Proex Equalização, dados reunidos pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que o programa teve o Orçamento de 2022 aprovado em R$ 1,36 bilhão, mas, logo no início do ano, 500 milhões dessa verba foram deslocados para bancar o Plano Safra, voltado a financiamentos do agronegócio.
Segundo a CNI, como R$ 800 milhões já haviam sido contratados, o programa está paralisado por falta de recursos.
Em 2021, o orçamento do Proex Equalização foi de R$ 1,06 bilhão. Clique para Visualizar