A punição aplicada pelo Governo aos Auditores-Fiscais que durante 54 dias exerceram o legítimo direito de greve traz de volta ao centro das discussões o direito de greve no serviço público. Embora o Governo proclame aos quatro ventos que valoriza a negociação com os trabalhadores do serviço público e quer deixar como marca a institucionalização do diálogo, a prática tem se mostrado diferente. Alheio à disposição da Classe de negociar, que atendeu inclusive ao apelo do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o Governo determinou o corte do ponto dos Auditores.