O livre comércio mundial não é apenas necessário, mas inevitável. Enquanto os Estados Unidos (EUA) aceleram os acordos bilaterais mundo afora, a União Européia (UE) poderá mudar a estratégia atual de buscar fechar acordos multilaterais. Basta a Rodada de Doha falhar, ou as divergências internas em alguns blocos, como, por exemplo, o Mercosul, emperrarem as negociações. “Nesse caso, o Brasil vai ser cortejado pela UE, com ou sem Mercosul”, disse ontem Guilherme Mattar, coordenador da área de Inteligência Comercial da São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que representou o Brasil no debate em outubro passado, sobre livre comércio, em Bruxelas, promovido pela Fundação Friedrich Naumann. “Por isso a importância de a iniciativa privada brasileira debater esse tema e levar suas teses ao governo federal o quanto antes, pois será ele quem vai fechar esses acordos internacionais”, alertou Mattar, durante a última reunião deste ano da Comissão de Comércio Exterior (CCE), da ACSP.