Mesmo com divergências sobre o ritmo de retomada da atividade doméstica e sobre a evolução da pandemia e seus impactos no comércio internacional, projeções de analistas ouvidos pelo Valor convergem para uma balança comercial em 2021 com dinâmica diversa da de 2020, ano marcado por superávits gerados por queda de importações e de exportações. Para o ano que vem, analistas esperam saldo positivo resultante de crescimento nas duas pontas, com superávit estimado entre US$ 40 bilhões e US$ 69 bilhões.
Silvio Campos Neto, economista da Tendências, diz que a expectativa é de um superávit de US$ 52,1 bilhões em 2021, com crescimento de exportações e de importações, essas últimas em maior intensidade.
As exportações devem continuar beneficiadas pelo ambiente internacional, diz ele, marcado pela forte retomada da China e pela alta dos preços de commodities. “Já as importações serão estimuladas pela continuidade da recuperação gradual da atividade interna, além da perspectiva de uma taxa de câmbio menos depreciada que os níveis observados em 2020.” A projeção da consultoria para o câmbio no fim do próximo ano é de R$ 4,85. Clique para Visualizar