A greve dos Auditores-Fiscais chegou aos seus 167 dias nesta segunda-feira (12) com demonstração incontestável de força e de coesão nos mais diversos setores da Receita Federal em todo o país. A adesão cada vez maior da categoria e a intensificação de várias ações de mobilização são um recado explícito para o governo federal de que os Auditores estão dispostos a continuar em greve até que suas justas reivindicações sejam atendidas.
Em uma semana decisiva, com reunião de negociação marcada com o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) para a próxima quarta-feira (14), a mobilização ganha o engajamento de delegados e de delegados adjuntos, que, pela segunda vez na história da Receita, decidiram aderir à greve fazendo marcação expressa na folha de frequência.
Auditores e Auditoras-Fiscais de todo o país, que já vinham intensificando as ações nas fronteiras, portos secos e aeroportos nas últimas semanas, também decidiram reforçar o engajamento em todas as Aduanas, principalmente as de fronteira. As ações foram detalhadas durante reunião do Comando Nacional de Mobilização (CNM), ocorrida na manhã desta segunda-feira (12), com Auditores-Fiscais aduaneiros.
Entre 13 e 15 de maio, a fiscalização será potencializada na Ponte da Amizade, Foz do Iguaçu, Guaíra, Pacaraima, Ponta Porã e Uruguaiana, dentre outras fronteiras. Alfândegas como as dos Portos de Santos (veja documento: https://encr.pw/PPZIT), do Rio de Janeiro e de Recife, e as dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (veja documento: https://l1nq.com/SMOpY) e Galeão (veja documento: https://encr.pw/ms4CK) intensificarão a greve com desembaraço zero entre os dias 12 e 16 de maio. Será mantido 30% do efetivo, como determina a lei.
A suspensão do atendimento externo da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro foi oficializada por meio de comunicado ALF/RJO nº 197/2025 (veja aqui o documento: https://l1nq.com/gOIIv ). Os Auditores que trabalham na Divisão de Despacho Aduaneiro (Didad) do Porto do Rio informaram a suspensão das atividades e do atendimento externo, entre 12 e 16 de maio. No período de 13 a 15, não haverá, ainda, publicação de despachos decisórios (veja documento: https://l1nq.com/BSs3J ).
Portanto, toda a escalada do movimento dos Auditores-Fiscais, na semana em que finalmente o governo abrirá um canal de negociação, é uma mensagem de que a categoria está disposta a continuar firme e coesa, até que sejam atendidas as reivindicações, que, entre outros pontos, envolvem a revogação imediata das Resoluções nº 7 e nº 8 e uma solução definitiva para o impasse do reajuste do vencimento básico.
Veja anexo