O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse ontem em Campinas que ainda há espaço para redução da taxa básica de juros (Selic). Segundo ele, não se justifica um índice de inflação em torno de 4% e uma taxa de juros reais em torno de 4,5% e um Spread bancário a 30%. Paulo Skaf lembrou que em todo o mundo os juros reais estão próximos de zero.
O presidente da Fiesp defendeu também que se trabalhe com duas agendas. Uma delas para enfrentar a dificuldade da crise e outra para o período pós-crise e que estaria ligada a investimentos de infraestrutura, educação, tecnologia, inovação e formação profissional .
“Esperamos que as coisas tendam a melhorar. Mas temos que ser cuidadosos porque se nós considerarmos que acabou a crise, então não precisa mais baixar juros, não precisa mais aumentar crédito e não precisa mais reduzir impostos e isso não é uma realidade,” disse.
Paulo Skaf destacou que a crise não é generalizada e que os setores exportadores, que dependem de mais crédito foram os que mais sentiram a crise. Ele prevê que haverá uma queda de 35% das exportações manufaturadas este ano.
