O fim da cobertura cambial nas exportações está sendo apresentado pelo governo como uma questão meramente técnica, que reduz a burocracia e os custos no comércio exterior.
Mas a decisão representa, na verdade, mais um passo no processo de liberalização do mercado de câmbio, que teve início no Brasil na década de 80.
Isso significa que o governo facilitará a entrada e a saída de capital estrangeiro. Entre as vantagens dessas mudanças, estaria o aumento dos investimentos, por exemplo. Os defensores da liberdade cambial argumentam que o excesso de regras eleva o custo das transações e afugenta o estrangeiro, que quer ter a certeza de que poderá retirar seu dinheiro do país quando quiser. E, quanto menor o investimento numa economia, menor seu crescimento, porque o aumento da procura por bens e serviços precisa ser acompanhado de maior oferta de produtos para evitar pressões inflacionárias.