Larry Summers, secretário do Tesouro dos EUA no governo de Bill Clinton, disse certa vez que a economia mundial estava “voando com só uma turbina”, ao descrever sua excessiva dependência em relação à demanda americana. Hoje, afinal, o crescimento parece estar ficando mais equilibrado: a Europa e o Japão estão acelerando, bem como a maioria das economias emergentes. Por isso, se (ou quando) a turbina americana perder ímpeto, a aeronave mundial não irá, necessariamente, ao colapso.
Por ora, a autoridade monetária americana crê que sua economia continua bastante bem. Na semana passada, em que Alan Greenspan, após 18 anos no cargo, passou a presidência do Federal Reserve, o BC dos EUA, a Ben Bernanke, o Fed elevou os juros para 4,5%. Fed disse ainda que um aperto monetário adicional “pode ser necessário” e não que “provavelmente será necessário”, como havia dito antes.