Superando as mais otimistas expectativas dos analistas financeiros, o Brasil obteve no ano passado o superávit recorde de US$ 14,19 bilhões na conta de transações com o exterior. É o maior resultado desde 1947. É também o terceiro ano seguido de quebra de recorde.
A conta é resultado principalmente da vantagem das exportações sobre as importações, e inclui gastos com viagens internacionais e remessa de lucros, entre outros itens. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central, mas não agradam à instituição. Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o ideal seria o Brasil ‘trabalhar com um ligeiro déficit em transações correntes’. A alegação é de que o País precisa ‘atrair mais poupança externa para alavancar o crescimento da economia’, o que aumentaria as importações.