A festa para comemorar o pagamento antecipado da dívida do Brasil com o FMI – Fundo Monetário Internacional foi marcada por um sermão econômico no qual o antigo financiador, e agora “parceiro”, apresentou as receitas que deveriam ser seguidas nos próximos anos. Na avaliação do diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, uma série de reformas ainda é necessária porque, apesar dos avanços obtidos pela economia brasileira nos últimos anos, o Brasil não está aproveitando todo o seu potencial de crescimento. Por várias vezes durante o discurso e na entrevista concedida após a cerimônia, Rato enfatizou esse problema. “Ainda há vários desafios a vencer para que o país alcance seu vasto potencial de crescimento sustentado e atenda aos anseios e às necessidades de seu povo. O ritmo de crescimento melhorou recentemente, mas estou certo de que o Brasil pode ir ainda mais longe”, disse Rato, para quem o Brasil crescerá, neste ano, “a uma taxa robusta de cerca de 4%”. O número é inferior aos 5% prometidos pelo ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última reunião ministerial de 2005.