A forte valorização do real e o risco de desaquecimento da economia mundial podem provocar uma piora sensível do saldo comercial brasileiro no ano que vem, segundo o Boletim de Comércio Exterior divulgado ontem pela Funcex – Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior. O estudo lembra que os resultados comerciais deste ano contrariam as previsões feitas no início de 2005, com exportações crescendo à taxa de 23%, superando o ritmo do comércio mundial (14%) e permitindo ampliar a participação do País no mercado global para cerca de 1,2%.
Para a Funcex, o superávit comercial deve atingir US$ 42,2 bilhões no ano que vem, podendo cair para US$ 37,1 bilhões, num cenário mais pessimista, ou até subir para US$ 45,5 bilhões, no cenário otimista. “O saldo comercial de 2006, não deverá afastar-se muito do número relativo a 2005”, informa o boletim da fundação, que estima para este ano superávit de US$ 44,5 bilhões, muito superior ao saldo positivo de US$ 33 bilhões verificado em 2004, enquanto a estimativa geral do mercado era de um superávit bem menor para 2005.