O economista Joseph Stiglitz criticou a política econômica brasileira, atacando o nível dos juros reais e mostrando reservas em relação à política fiscal. Segundo ele, juros elevados criam um “círculo vicioso”, por aumentar a necessidade de um governo já muito endividado tomar mais empréstimos, o que contribui para a manutenção das taxas na estratosfera e, com isso, afeta o crescimento. Prêmio Nobel de Economia em 2001, o professor da Universidade de Columbia não poupou elogios à estratégia adotada pela Argentina nos últimos anos, de não seguir o receituário do FMI e não cortejar os mercados internacionais. Stiglitz disse que o país vizinho está no caminho certo, mas evitou afirmar categoricamente que o Brasil está no rumo errado. “O júri ainda não decidiu”, respondeu ele.