Até o final de 2022 ainda teremos a copa do mundo, montagem do novo governo brasileiro, resultado final das eleições legislativas nos EUA, Natal e novos desdobramentos da guerra na Ucrânia, isso sem falar da alta dos juros em vários países que, embora visando conter a escalada da inflação, acaba acertando em cheio o consumo mundial. Apesar de tantos acontecimentos importantes ainda esse ano — com claros efeitos sobre a economia global — fato é que o ano de 2023 está logo ali: apenas 45 dias!
Oferta versus Demanda
Em linhas gerais, sob a ótica do transporte marítimo, já é fato que entraremos o ano com fretes bastante abaixo do observado nos últimos dois anos, mesmo que ainda acima dos níveis registrados em 2019 (último ano “normal”).
Os sólidos resultados financeiros dos armadores nos últimos trimestres vinham sustentando uma verdadeira “corrida aos estaleiros” para encomenda de novos navios, mas que já tem perdido força à medida que a demanda vem arrefecendo em todo o mundo (sobretudo em razão da retomada de gastos com serviços em detrimento de produtos e da redução dos incentivos fiscais por parte dos governos).
Segundo a Alphaliner, em 2023 entrarão em operação 343 navios com capacidade para transportar 2,3 milhões de TEUs, o que representa um incremento da oferta de capacidade de 8,1%, ao passo que a demanda global deve crescer apenas 2,7%, podendo gerar um descompasso entre a oferta e a demanda.
Ao todo há cerca de 917 navios (7 milhões de TEUs) encomendados, o equivalente a 27,4% da frota mundial em operação! Essa marca não era atingida desde 2011, conforme demonstrado no gráfico em anexo.
Veja na íntegra as informações no artigo em anexo.
Veja Anexo – Clique para Visualizar