O comércio entre o Brasil e a China vai bater novo recorde neste ano, e coincide com uma fase mais estável nas relações bilaterais depois da diminuição de ataques de bolsonaristas contra Pequim, dizem fontes que acompanham a situação.
Pela primeira vez, no ano passado, o comércio total bilateral (soma de exportações e importações) atingiu US$ 101 bilhões. Neste ano, até agosto, as trocas já tinham atingido US$ 93,8 bilhões, ou 34,7% a mais do que no mesmo período ano passado. Uma estimativa de comércio bilateral de US$ 120 bilhões neste ano tende a ser superada.
As exportações brasileiras continuam puxadas pela soja, apesar de os EUA ter voltado a vender o produto no mercado chinês. As exportações brasileiras de carne bovina estão suspensas, por causa de dois casos atípicos de vaca louca, seguindo o protocolo sanitário especial com Pequim. Mas a expectativa em Pequim e Brasília é de que essa parada seja por pouco tempo.
O que poderia afetar o comércio bilateral seria a possível escassez de contêineres, até por causa de sua concentração na China. Os chineses estão importando mais do que vendem e os contêineres vão para o mercado chinês e não voltam. Há país que não consegue mandar produto por falta de como embarcá-lo, segundo fontes. Clique para Visualizar