A notícia da queda de 1,2% no PIB atingiu “como uma bomba” o mercado financeiro, diz Carlos Alberto Melo, tesoureiro para a América Latina do WestLB. Na média, o mercado esperava retração de 0,3% e os pessimistas, de 0,5%.
Os juros futuros caíram – os contratos para janeiro de 2007 foram a 16,71% ao ano (16,91% anteontem). As apostas em uma aceleração no ritmo de corte da taxa de juros aumentaram. Muitos já prevêem queda de 0,75 ponto percentual, para 17,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no dia 14. A Bovespa, depois de cair mais de 1%, subiu 0,84% com a expectativa de queda dos juros. O risco-Brasil caiu 1,72%, para 342 pontos básicos. O dólar subiu 0,82%.
Segundo John Welch, estrategista da Lehman Brothers, a pior das reações seria um aumento das pressões sobre o ministro Palocci para um afrouxamento fiscal. “Não basta ter uma política boa. É preciso que ela pareça boa”.