A grande distância que separa a taxa de crescimento econômico do Brasil das registradas pelos outros integrantes do grupo Bric – Rússia, Índia e China – é um tema cada vez mais recorrente nas análises e debates sobre os países emergentes. Num seminário promovido pelo banco HSBC, não foi diferente.
O chefe de pesquisa de mercados emergentes do banco britânico, Phillip Poole, observou para uma platéia de analistas que o crescimento do PIB – Produto Interno Bruto brasileiro, além de lanterninha no Bric, é inferior à maioria dos países de sua categoria. Entre os motivos para isso, ele destacou a paralisação do processo de reformas, o nível elevado das taxas de juros, e o volume de gastos públicos, que aumentaram recentemente. “Para que o Brasil cresça mais, o próximo governo, seja ele liderado pelo presidente Lula ou pela oposição, terá que enfrentar esses problemas”, disse Poole.