O governo Néstor Kirchner deixou claro no fim de semana que continuará a restringir a entrada de calçados e eletrodomésticos fabricados no Brasil. O secretário de Indústria e Comércio, Miguel Peirano, que se reuniu na quinta e sexta-feira em Brasília com representantes do governo brasileiro, afirmou que “os acordos entre privados e as limitações às importações do Brasil em setores sensíveis aos subsídios continuam em vigência e, nesse sentido, a indústria do calçado e linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupa) continuarão dentro dessa política”. Peirano rebateu afirmações feitas na sexta-feira pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Ivan Ramalho, de que “a indústria brasileira e o governo entendem que já houve uma contribuição importante do Brasil à indústria argentina e o desvio do comércio não recomenda um novo acordo de restrição voluntária”. O governo Kirchner preferiu não fazer comentários sobre as declarações de Ramalho, limitando-se a explicitar sua decisão de continuar a restringir produtos brasileiros.