Empresários decidiram aumentar a pressão contra proposta em estudo no Ministério da Fazenda de redução de tarifas de importação de produtos industrializados. Em conversas recentes com integrantes do primeiro escalão do governo, têm demonstrado insatisfação com a possibilidade de o país sofrer uma invasão de importados, que prejudicaria a indústria nacional. Reuniões até com o presidente da República têm servido de arena para a defesa da retirada do tema da mesa de negociação. Na segunda semana de março, técnicos do Ministério da Fazenda apresentaram a empresários supostas vantagens da liberalização das importações. O Brasil teria um salto de competitividade com a entrada facilitada, no mercado nacional, de produtos estrangeiros.
O corte das alíquotas poderia ainda ajudar as negociações para derrubada de barreiras a produtos brasileiros no exterior, ao dar condições ao país de reclamar alíquotas mais baixas em mercados como Estados Unidos e Europa e até mesmo nas negociações da Rodada Doha. Outro benefício seria o aumento das importações, que reduziria o superávit comercial e favoreceria a desvalorização do real.